Ministério firma acordo para reduzir preço de remédio para tratamento da aids

Brasília – Existem no Brasil 600 mil pessoas portadoras do vírus da aids. Segundo dados do Ministério da Saúde, desse total, 180 mil estão em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, o governo federal vai pagar menos por um dos remédios usados no tratamento da doença, o Kaletra. O novo preço vale para a versão em comprimidos, já que antes eram usadas no país as cápsulas . 

O acordo que permitirá a redução do preço do Kaletra em 29,5% foi assinado pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e representantes do laboratório Abbott, fabricante do medicamento. Com isso, o governo brasileiro vai economizar cerca de R$ 22 milhões com a compra desse remédio.

O ministro Temporão informou que a expectativa é estender a outros medicamentos um acordo semelhante, ?negociando permanentemente com outros laboratórios preços mais adequados, que permitam ao programa brasileiro [Programa Nacional DST e Aids] manter a sua qualidade?.

Segundo dados do ministério, estima-se que 31 mil pacientes adultos e 1.200 crianças vão usar o Kaletra até o final deste ano. Com isso, o governo deve reduzir em R$ 2 mil o custo do tratamento para cada paciente por ano.

?Agora nós mudamos de cápsula para comprimido. A cápsula exigia refrigeração, e o comprimido não exige. E, em vez de seis cápsulas, serão quatro comprimidos, é mais fácil e aumenta a adesão do paciente. E a economia de recursos. Vamos economizar US$ 11 milhões só em 2007 com o novo acordo que foi feito, que é uma redução muito importante?, acrescentou o ministro.

O diretor comercial da Abbott do Brasil, Roberto Alvarenga, disse que o acordo entre o laboratório e o governo brasileiro "simboliza o que pode ser alcançado quando governos e empresas conversam, tendo em mente o melhor interesse dos pacientes?.

De acordo com o Ministério da Saúde, somente a cápsula, e não o comprimido do Kaletra, estava incluída no conjunto de medicamentos usados no coquetel antiaids. A distribuição deve começar em setembro. Até lá, há estoques do medicamento em cápsulas, que irão garantir o abastecimento. Hoje existem 17 remédios para o tratamento da doença no país, sendo nove importados e oito nacionais.

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