Merenda chega a todas crianças menores de 3 anos

Brasília – Pela primeira vez na história do Brasil crianças menores de 3 anos estão sendo beneficiadas pelo Programa Nacional de Merenda Escolar. Com o slogan “Se a Fome é Zero a Educação é Dez”, os ministros Extraordinário de Segurança Alimentar, José Graziano, e da Educação, Cristovam Buarque, apresentaram ontem a campanha do lançamento oficial do programa nacional de alimentação de crianças, que já beneficia mais de 880 mil crianças da primeira infância. ?Não é possível ter boa educação se a criança é mal alimentada?, ressaltou o ministro Cristovam.

O programa é uma parceria entre o MEC e o Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar e permite o atendimento de cerca de 18 mil creches públicas ou filantrópicas, que já estão recebendo R$ 0,18 por aluno ao dia, desde o mês de junho. O orçamento previsto para esse ano é de R$ 23,9 milhões, com previsão de R$ 40 milhões para 2004. ?O projeto começou abrangente, estamos atendendo todas as creches do país?, informou o ministro.

Durante a apresentação da campanha, Cristovam chamou a atenção de como ?é surpreendente que se tenha esperado tantos séculos para que a elite brasileira se preocupasse com a alimentação da primeira infância no país?.

Os recursos para o programa são repassados pelo MESA e administrados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). ?Na ponta não há ninguém melhor do que o FNDE para repassar e gerir os recursos através da rede de escolas públicas e da comunidade?, disse o ministro Graziano.

Segundo o ministro Graziano, o programa se torna um marco na medida que desde a criação do MESA a prioridade foi atender as crianças. ?Uma das primeiras ações do novo ministério foi aumentar o repasse da merenda escolar de R$ 0,6 para R$ 0,13, mais que o dobro?, destacou o ministro. Graziano disse ainda que a maior parte das atividades desenvolvidas pelo ministério depende da integração com outras pastas. ?O MEC sem dúvida é um grande parceiro. Também possuímos contatos com o ministério da Saúde, fortalecendo o Bolsa-Alimentação e com ministérios que atendem as minorias como índios, quilombolas e pessoas atingidas pela seca?, lembrou o ministro.

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