Megarrebelião só perde para a de 2001

São Paulo (AE) – Vinte e duas rebeliões foram deflagradas até as 14h de ontem em todo o Estado de São Paulo. É a segunda maior ocorrência de rebeliões simultâneas na história do Estado. Em fevereiro de 2001, 24 penitenciárias participaram de motins organizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).

As rebeliões de ontem foram em Avaré, Guareí, Presidente Prudente, Marabá Paulista, Irapuru, Ribeirão Preto, Araraquara, Valparaíso, Riolândia, Hortolândia, Itirapina, Pirajuí, Mogi das Cruzes, Suzano, Lucélia, Lavínia, Campinas, Flórida Paulista, Paraguassu Paulista, Potin, Diadema e Franco da Rocha. No município de Iaras o motim foi contido horas depois de iniciado.

A megarrebelião foi uma reação do Primeiro Comando da Capital (PCC) às transferências de mais 700 presos para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, entre eles Marcos William Herbas Camacho, o Marcola. As ações começaram na noite de sexta-feira. Na Penitenciária de Presidente Prudente, a 540 km de São Paulo, 700 presos se amotinaram e passaram a controlar as alas, segundo informações do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado (Sifuspesp).

Os presos da Penitenciária João Augustinho Panucci, em Marabá Paulista, no oeste de São Paulo, a 643 km da capital, também iniciaram uma rebelião na manhã de ontem. O presídio tem capacidade para 768 presos, mas mantinha cerca de 1.080. Os presos continuavam amotinados e com reféns também em penitenciárias em Avaré, onde o comandante da PM, capitão André Luís de Oliveira, foi baleado na perna num confronto com os rebelados.

Na Penitenciária de Presidente Venceslau, para onde foram transferidos os líderes do PCC, a PM montou bloqueios em todos os acessos. Havia pontos de bloqueio também na Rodovia Raposo Tavares, que liga São Paulo ao Mato Grosso do Sul. Na Penitenciária de Avaré, 12 pessoas foram mantidas reféns, entre elas uma professora. A rebelião terminou à tarde com a entrada de PMs no presídio e a libertação dos reféns. 

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