MEC prepara avaliação de alunos do ensino básico

Brasília (AE) – O Ministério da Educação está preparando a criação de um Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, que incluirá uma prova universal a cada quatro anos e uma por amostragem a cada dois anos. As provas, feitas com alunos da 4.ª e da 8.ª série do ensino fundamental e do 3.º ano do ensino médio, avaliarão a qualidade da educação por estado, por município e também por escola. O MEC prevê que a primeira prova universal será feita já no ano que vem. O modelo é o mesmo do atual Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que testa alunos das três séries em português, matemática e ciências. A diferença é que o Saeb – que continuará existindo a cada dois anos, como hoje – testa apenas uma amostra de estudantes. Com a prova sendo feita por todos os alunos, pretende-se avaliar a qualidade de cada escola.

O sistema atual é considerado limitado pelo ministério por proporcionar apenas informações sobre a educação nos estados. A idéia, a partir do novo esquema, é garantir que cada cidade saiba onde estão os bons exemplos e os problemas de suas escolas para depois poder cobrar o trabalho de cada prefeitura. "A idéia é assumir uma responsabilidade que hoje é meio difusa", explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

As provas serão feitas com base no cadastro único das escolas, um sistema que começa a ser adotado este ano e que terá dados como infra-estrutura, número de professores e de turmas de cada escola. A partir dessas informações, o MEC saberá quantos alunos terão de fazer a prova geral quadrienal e poderá elaborar melhor a amostragem para o teste a cada dois anos.

De acordo com os estudos em andamento, a prova terá, além das questões de conteúdo, questionários sobre as escolas, as condições de ensino e a situação dos alunos e dos professores. O objetivo é conhecer a formação dos professores das escolas que obtiverem os melhores resultados. Ou que programas existem nos locais que podem ajudar o ensino. O sistema de avaliação será associado à criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), programa através do qual o governo federal pretende investir R$ 4,3 bilhões nos próximos quatro anos. Com o Fundeb, estados e municípios vão receber mais dinheiro e, em contrapartida, deverão assumir a responsabilidade de melhorar o sistema educacional. 

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