Marco Aurélio diz que Brasil não pensa na “Petroamazônia”

O Brasil não considera a possibilidade de vender petróleo mais barato aos países pobres como propôs nesta sexta-feira (9) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em discurso na cerimônia de abertura da 17ª Cúpula Iberoamericana. "A empresa (Petrobras) tem de ter sua autonomia de operação. Essa questão não está em discussão", afirmou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Ele comentou que Chávez não precisava ter sugerido a criação da "Petroamazônia", pois a nova reserva de petróleo brasileira não está na Amazônia. Segundo Garcia, já havia uma discussão para criar uma "Petrosur". "Mas a idéia não é formar uma única empresa", disse.

Garcia negou que as repetidas referências que Chávez fez durante seu discurso ao petróleo brasileiro, chegando a chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "magnata petroleiro", tenha sido fruto de ciúmes. "Que ponta de inveja a Venezuela pode ter, sendo a maior potência petrolífera da região?" questionou. Garcia contou que conversou com Chávez, e esse lhe disse que a descoberta das novas reservas é ótima, pois dá mais força à América do Sul.

O venezuelano também teria dito, de brincadeira, que proporia o ingresso do Brasil na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). "Isso é uma bobagem", comentou Garcia. "O País precisa primeiro tirar (extrair) esse petróleo.

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