Mantega diz que é importante eliminar bi-tributação no Mercosul

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o acordo para eliminar a bi-tributação entre os países sócios do Mercosul será o assunto mais importante da agenda de discussões da Cúpula do Mercosul, que terá início nesta segunda, em Montevidéu, Uruguai, e culminará com a reunião dos presidentes na terça. "Eu acho que essa é a forma mais eficaz para combater as assimetrias no Mercosul", disse o ministro ao desembarcar ontem à noite no aeroporto Carrasco, da capital uruguaia, à um pequeno grupo de jornalistas brasileiros. O ministro não quis falar sobre a agenda brasileira. "Aqui só vamos falar sobre o Mercosul", encurtou quando foi perguntada sobre os anúncios das medidas para compensar o fim da CPMF.

Mantega disse que as equipe técnicas "estão avançando no sistema da bi-tributação e eu acho que é o grande feito do Mercosul porque vai de fato estabelecer uma zona aduaneira comum como existe na União Européia, eliminando as duplas tributações que existem hoje e fazendo uma divisão das arrecadações, que vai beneficiar os países menos desenvolvidos, vai combater as assimetrias". Mantega confirmou que a Argentina e o Brasil vão começar a adotar no comércio bilateral a utilização do peso e do real no lugar do dólar a partir do início de 2008. Esse assunto também será discutido na cúpula, segundo ele, "porque outros países poderão aderir e caminhamos para trocas comerciais com moedas locais".

"O mais importante está sendo feito que é o desenvolvimento de um sistema de compensação de pagamentos, que poderá ser replicado nos outros países, facilitando as trocas comerciais entre os sócios", afirmou o ministro. Para Mantega, "isso é um grande avanço e deu trabalho para fazer porque tivemos que desenvolver um sistema próprio que não tínhamos na Argentina e, portanto, vai começar a funcionar no início do próximo ano".

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