Maia defende candidatura própria do PFL

O prefeito do Rio, César Maia (PFL), pré-candidato a presidente, disse ontem que defenderá o lançamento, pelo partido, de candidatura presidencial própria, se o PSDB decidir lançar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Maia avalia que "Alckmin perde a eleição por seu perfil regional e por ausência de perfil-temático" e por causa "do personagem que encampa".

Se a opção do partido for a favor do prefeito da capital paulista, José Serra, o prefeito do Rio voltou a dizer que pode abrir mão da candidatura. "Já disse que o Serra inviabiliza minha candidatura. Mas, se o PSDB decidir lançar Alckmin, vou defender que o PFL lance candidatura própria", disse.

A posição de Maia cria um novo complicador para a definição de quem será o candidato do PSDB a presidente. Os pefelistas são considerados os parceiros preferenciais pelos tucanos na formação da chapa majoritária e o PSDB deseja manter a aliança que foi feita nas eleições de 1994 e 1998, vencidas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e na de 2002, quando o prefeito de São Paulo foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A antecipação do movimento eleitoral por parte de Alckmin surpreendeu os dirigentes do PFL, que até esperavam pelo lançamento da candidatura presidencial dele. O que apanhou de improviso os pefelistas foi a "manifestação prematura" desse calendário, previsto, internamente, pelo PSDB apenas para abril, e a desenvoltura com que ele passou a pedir apoios políticos e expor as idéias.

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