Lula não discute Itaipu, mas reafirma ajuda ao Paraguai

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira (16) ao atual presidente do Paraguai, Nicanor Duarte, e ao presidente eleito Fernando Lugo, que, mantidos os compromissos históricos entre os dois países, o Brasil tem interesse em aumentar a cooperação na região, principalmente em relação à política industrial. Ao dar a informação, o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse que mudanças no Tratado de Itaipu com o Paraguai não estão em questão pelo governo brasileiro. Garcia disse que o Tratado de Itaipu não foi mencionado no encontro que Lula, Duarte e Lugo tiveram esta manhã.

"Itaipu não foi discutido. Simplesmente o presidente Lula reiterou que, mantidos os compromissos históricos entre os dois países, queremos sem dúvida alguma impulsionar a cooperação entre os dois países", disse Garcia.

Havia a expectativa de que os três discutissem a questão de Itaipu. Desde que foi eleito presidente do país vizinho, Lugo defende o aumento do preço da energia da usina que o Paraguai repassa ao Brasil. O novo presidente do Paraguai toma posse em agosto deste ano.

A ajuda oferecida pelo Brasil ao Paraguai se refere a várias medidas de acordos que poderiam beneficiar o país vizinho. Marco Aurélio citou, por exemplo, o plano de política industrial do presidente Lula, lançado no Rio de Janeiro na segunda-feira (dia 12), que prevê medidas para beneficiar países vizinhos da América Latina.

Garcia destacou que não há um pedido formal de revisão do Tratado de Itaipu e referindo-se a outras negociações em outras ocasiões, ele afirmou que "o presidente Lula negociou várias questões relacionadas a Itaipu, mas mantemos a posição de que é um acordo, um tratado, que foi estabelecido".

Ele reafirmou que o presidente Lula está disposto a abrir discussões sem, no entanto, que isso implique alterações no tratado. "O presidente disse que está disposto a abrir discussões e estabelecer uma série de negociações mas não está em questão o tratado, porque é um problema de compromissos internacionais firmados".

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