Lula falará de clima e biocombustíveis na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai centrar seu discurso de abertura da 62ª Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no meio ambiente. Como vem fazendo em suas viagens internacionais, baterá na tecla dos biocombustíveis. Vai também defender a necessidade de um esforço internacional conjunto para buscar soluções para a questão das mudanças climáticas.

Lula vai discursar amanhã cedo em Nova York – tradicionalmente, é o Brasil que abre as assembléias da ONU. Ele destacará que se empenha em propor políticas de ampliação da produção de biocombustíveis porque é uma matriz de energia alternativa, renovável e ecologicamente superior aos combustíveis fósseis. E afirmará que o biocombustível é uma alternativa de desenvolvimento para países pobres e emergentes, especialmente os da África.

Sobre a questão climática, dirá que o problema é ?grave?, demanda soluções ?urgentes? e todos os países têm responsabilidade em combater a poluição e o aquecimento global. Mas vai cobrar empenho maior dos países ricos, alegando que foram ou são ainda os que mais poluem.

Indiretamente, Lula deixará o recado de que não aceitará novos acordos que não passem pelo Protocolo de Kyoto, que definiu metas para redução de emissão de poluentes. Também não concorda com acertos sobre metas fora da ONU – no âmbito do G-7, por exemplo.

Na semana passada, no 2º Encontro Nacional dos Povos da Floresta Lula já dera o tom do discurso que pretende fazer na ONU: avisou que não aceita lições que qualquer governante tente dar ao Brasil de como preservar suas florestas. Para ele, os países que mais poluem têm maior responsabilidade e devem assumir os investimentos para reverter a situação. É neste sentido que tem advertido que não aceita que de novo os países mais pobres paguem o preço pela poluição do planeta.

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