Lula acredita na aprovação da CPMF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu programa semanal de rádio, disse acreditar que a CPMF será aprovada pelo Senado por duas razões: "primeiro porque eu acho que os senadores são responsáveis, têm preocupações com o Brasil e sabem qual é a finalidade da CPMF. Isso me deixa tranqüilo. E também porque eu acho que tem momento em que a gente faz debate, tem momento em que a gente discute, tem momento em que a gente faz oposição, mas tem um momento em que a gente vai votar. E quando as pessoas forem votar, certamente os senadores não pensarão no presidente Lula ou no governo. Pensarão na sociedade brasileira porque 50% do dinheiro da saúde que é repassado para os Estados é da CPMF. Isso é que me convence que os senadores irão aprovar a CPMF".

E prosseguiu:"É uma questão de responsabilidade e eu estou tranqüilo, estou convencido que, em todos os partidos políticos, a maioria dos senadores querem votar favorável à CPMF. Obviamente que tem pressão de um ou de outro partido político, mas eu acho que o bom senso vai prevalecer". O presidente deu sua entrevista para o programa Café com o Presidente, direto de Buenos Aires, onde participa da posse de Cristina Kirchner na presidência da Argentina.

Lula também analisou as diferenças entre os discursos dos governadores pró-CPMF e a dos senadores contra a CPMF. "Essa discordância entre aquilo que é o discurso do prefeito e dos governadores e dos senadores certamente irá se arrumar na próxima terça-feira, quando eles tiverem que votar. Eu estou convencido que o Senado está maduro, está preparado para fazer essa votação, sabendo que não é possível você fazer um corte orçamentário de R$ 40 bilhões.

Perguntado se o governo vai para o tudo ou nada na votação da CPMF amanhã no Senado, ele salientou que "não se trata de ir para o tudo ou nada. O governo já fez as negociações, é importante lembrar que o governo aceitou reduzir as alíquotas nos próximos anos. É importante lembrar que o governo aceitou reduzir no imposto de renda até R$ 2.800, para os trabalhadores que ganham até esse salário nós iremos reduzir a CPMF. Mas o governo está disposto a conversar. O que é importante é que esse imposto tem que ser votado tal como ele foi aprovado na Câmara".

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