Justiça nega habeas corpus para Nilton Servo

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O ex-deputado preso pela Operação Xeque-Mate poderá ser transferido para uma prisão separada de presos condenados.

Brasília – O desembargador federal Paulo Otávio Baptista Pereira, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou na noite da última terça-feira (19) o pedido de habeas corpus ao ex-deputado estadual Nilton Cezar Servo, preso pela Operação Xeque-Mate da Polícia Federal. No entanto, ele concedeu o direito de Servo ser transferido para uma prisão separada de presos condenados, o que já aconteceu no último sábado (16), quando Servo foi transferido do presídio federal de Campo Grande para uma cela da superintendência da Polícia Federal, na mesma cidade.

O ex-deputado estadual está preso desde o último dia 5, acusado de comandar o esquema de exploração de máquinas caça-níqueis investigado pela Operação Xeque-Mate. Nilton Servo foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica. A denúncia foi divulgada ontem (19).

Para o advogado de Servo, Eldes Rodrigues, a decisão foi dura em relação ao seu cliente. Segundo ele, a Polícia Federal acusava Nilton Servo, juntamente com o advogado João Catan, de formar um grupo para explorar as máquinas caça-níqueis em Campo Grande. Após o término da prisão provisória, Catan foi liberado e Servo não. "Qual foi o critério utilizado pelo juiz para manter a prisão provisória de um e não de outro, se eles foram acusados dos mesmos crimes?", questiona Rodrigues. Ele garante que entrará com um pedido de reconsideração junto ao TRF para que Servo seja liberado.

No pedido do Ministério Público, foram denunciadas 39 pessoas suspeitas de estarem envolvidas com a exploração de máquinas caça-niqueis. Entre os denunciados está também o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dario Morelli Filho. Agora, cabe à Justiça avaliar as denúncias e instaurar os devidos processos. A Polícia Federal havia indiciado 58 pessoas. Quinze ainda não foram denunciadas porque são acusadas de terem praticado contravenções penais e seus inquéritos foram encaminhados para a Justiça Estadual. Nos outros quatro casos, o MPF recomendou mais investigações.

Esta é a situação do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Ignácio da Silva, o Vavá. Ele havia sido indiciado pela PF por tráfico de influência e exploração de prestígio, mas para o MPF, não há no inquérito elementos que indiquem a participação de Vavá em qualquer uma das quadrilhas denunciadas.

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