Juiz nega bloqueio de conta de funcionários do Rio na Suíça

O juiz da 3.ª Vara Federal Criminal, Lafredo Lisbôa Lopes, negou o pedido feito pelo Ministério Público Federal de bloqueio e repatriamento de US$ 33,45 milhões (cerca de R$ 110 milhões) em contas na Suíça em nome de funcionários do governo do Rio de Janeiro e da Receita Federal. Essa foi a primeira tentativa em reaver o dinheiro, mas de acordo com a decisão do juiz federal, em 2 de dezembro, não havia provas “das contas a que se reporta, nem das justificativas contraditórias que afirma apresentadas pelos correntistas”. O Ministério Público Federal fez um novo pedido ontem e aguarda a decisão do juiz para hoje.

Os funcionários são suspeitos de participar de um esquema de extorsão dentro da Secretaria de Fazenda durante o governo de Anthony Garotinho, marido da atual governadora do Rio, Rosinha Garotinho. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar possíveis crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no dia 11 de dezembro praticados pelos oito funcionários públicos. A PF avalia que o dinheiro depositado na Suíça não condiz com a ocupação dos envolvidos. Além disso, o juiz não aceitou o pedido porque, naquela data, ainda não havia sido aberto inquérito policial e faltavam documentos necessários.

Entre os envolvidos no suposto esquema está Rodrigo Silveirinha, que além de secretário adjunto de Administração Tributária no governo Garotinho, foi assessor da campanha de Rosinha. Ele chegou a tomar posse do cargo de presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro na segunda-feira passada mas foi afastado. O ex-governador Anthony Garotinho disse ontem que não indicou nenhum dos fiscais envolvidos no escândalo de cobrança de propina e desvio de dinheiro ilegal para verbas na Suíça.

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