Jovens dizem que foram pichados por seguranças em São Paulo

Três adolescentes afirmam que foram agredidos no final da noite de ontem por três seguranças de uma empresa após picharem o muro da firma, no bairro da Mooca, região centro-leste de São Paulo. Com sprays na mão, os jovens foram flagrados pelos seguranças, que os perseguiram. Pegos, os adolescentes foram obrigados a retornar para o local da pichação, onde tiveram o corpo pintado com a mesma tinta utilizada para pichar a parede da empresa. Segundo o que os garotos afirmaram em boletim de ocorrência registrado no 8º Distrito Policial (Brás/Belém), os seguranças ainda soltaram um cachorro, que mordeu um dos adolescentes. Os jovens dizem ainda que tiros foram disparados contra eles.

Após a agressão, os menores, sendo dois de 16 anos e um de 15 anos, então fugiram e invadiram a estação Mooca da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram obrigados pelos agentes ferroviários a correr. Na estação do Brás, um quarto segurança acolheu os garotos e os encaminhou à delegacia.

Os responsáveis pelos adolescentes acompanharam a elaboração do chamado ato infracional, assinaram o documento e se comprometeram a levar os menores perante o juiz da Vara da Infância e Juventude quando ocorrer a intimação. Exame de corpo de delito foi feito para que a polícia possa dar prosseguimento no inquérito e continuidade nas investigações.

Em nota divulgada pela assessoria, a CPTM informa que os três adolescentes tentaram acessar a estação Brás pela via da Linha 10 – Turquesa (Luz/Rio Grande da Serra). “Foram abordados por um vigilante que percebeu que estavam sujos de tinta e indagou sobre o que havia ocorrido. Os rapazes relataram que estavam pichando uma fábrica nas proximidades da estação Mooca e foram flagrados pelos vigilantes da empresa, que os agrediram.”

De acordo com o texto, a CPTM disponibilizou uma viatura da segurança e levou os adolescentes ao 8º DP para registro da ocorrência. A empresa informou ainda que apura se houve negligência no atendimento dos garotos por parte de vigilantes que prestavam serviço na estação Mooca.

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