Integração na AL facilita comércio com Ásia, diz Amorim

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (3) que os esforços do Brasil para aumentar a corrente de comércio com a Ásia contarão com a ajuda de países da América Latina. Segundo ele, a ofensiva já começou, com reuniões de países latino-americanos e alguns encontros bilaterais com autoridades chilenas e peruanas.

"Os próprios esforços de integração da América do Sul vão potencializar os nossos esforços no Pacífico", declarou Amorim, que participou da abertura da Reunião Ministerial sobre Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável: Desafios para a Governança Internacional, realizada no Palácio Itamaraty, no centro do Rio.

O chanceler afirmou que só deverá visitar algum país asiático no começo do ano que vem. Ele relata que o Brasil não deve olhar somente os maiores países, como China, mas também focar o comércio com outras economias da região, especialmente os tigres asiáticos. "O Vietnã é um país com 80 milhões de habitantes. A Malásia é um país de dezenas de milhões e com uma renda per capita bastante alta. Há muito o que se fazer nessa área", analisou.

O ministro não soube estimar qual seria o crescimento do comércio com os países asiáticos, mas lembrou que apenas com a Índia, com quem o País tem uma corrente de comércio de US$ 3 bilhões, o potencial seria de US$ 10 bilhões até 2010.

Doha

O ministro afirmou ainda acreditar no sucesso da rodada de Doha – a negociação no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC) em busca de maior abertura do comércio mundial. Segundo ele, é preciso que haja avanços já a partir deste mês para que as negociações possam ser travadas até novembro.

"Devemos fazer todos os esforços, como se fosse um prazo fatal, e tentar finalizar o acordo. Mas se for necessário um trabalhinho a mais, acho que isso não impedirá (a negociação). Estou convencido de que rodada vai se concluir de maneira exitosa", afirmou Amorim.

Voltar ao topo