Grupo protesta contra tarifa em evento de mendigo

Um grupo formado por cerca de 10 pessoas aproveitou a presença do prefeito Fernando Haddad (PT) em um evento de adesão à Política Nacional para a População em Situação de Rua em uma unidade do Senai, no Brás, região central de São Paulo, para protestar contra o aumento da passagem de ônibus na tarde desta terça-feira, 28.

Usando roupas pretas e correntes, integrantes do grupo levantaram uma faixa reclamando do reajuste na passagem, que passará a valer R$ 3,20 a partir do dia 2 e gritaram: “Haddad mercenário o ‘busão’ tá muito caro.” A manifestação interrompeu o discurso do secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili.

A plateia, formada por cerca de 200 moradores de rua, reclamou do protesto e pediu para os jovens pararem. Um dos coordenadores do Movimento de População de Rua, Anderson Miranda, pegou o microfone e pediu a palavra: “Esse é um ato da população de rua. A gente respeita a questão do transporte, então pede respeito. Então, por gentileza, sentem ou se retirem.”

Na sequência a plateia bateu palmas, levantou-se e começou a pedir a saída dos jovens aos gritos. Dois guardas civis municipais e alguns seguranças acompanharam a saída dos manifestantes. O padre Julio Lancelotti passou a escoltar os jovens. Ele acusou os seguranças de serem truculentos.

Ninguém foi agredido. Integrantes do grupo disseram que são anarquistas, punks e estudantes. Eles negaram ser ligados ao Movimento do Passe Livre, que chegou a fazer protestos após o último aumento da passagem, em 2011.

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