Grupo de estudantes da Unifesp protesta em frente à PF

Um grupo de ao menos 50 estudantes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) protesta desde a madrugada de hoje em frente à Superintendência da Polícia Federal, na Lapa. Eles pedem a liberação de 26 alunos, que foram levados após manifestação que acabou em tumulto, no campus de Guarulhos, Grande São Paulo, na noite de ontem.

Utilizando cobertores para se proteger do frio, os estudantes cantam músicas de protesto, falam palavras de ordem e pedem a saída do diretor acadêmico do campus, Marcos Cezar de Freitas.

Segundo os manifestantes, advogados juntaram provas e estão na PF tentando liberar os estudantes detidos.

Tumulto

De acordo com estudantes, cerca de 30 alunos protestavam em frente à sala da direção acadêmica do campus. Durante a manifestação, o grupo chegou a invadir o prédio da direção por alguns minutos, indo embora logo em seguida.

A Polícia Militar foi acionada e, segundo estudantes, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram utilizadas pelos policiais. De acordo com os manifestantes, 26 alunos foram levados à PF.

Segundo informações iniciais da PM, os alunos teriam pichado muros do campus e impedido o diretor de sair do prédio. Questionados pela reportagem, os alunos confirmaram as pichações, mas disseram que não impediram a saída do diretor.

Eles afirmam que chegaram a ser recebidos pelo diretor, que disse estar disposto a conversar com uma comissão de alunos. Os alunos não concordaram em formar a comissão, exigindo que o diretor saísse do prédio para conversar com todos os manifestantes, o que gerou o impasse.

Conflitos

No dia 23 de março deste ano, os estudantes da Unifesp já haviam entrado em greve e, no dia 3 de maio, a reitoria foi ocupada. Oficiais de justiça, acompanhados de policiais militares e federais, cumpriram na semana passada a reintegração de posse.

De acordo com a PF, 30 pessoas que se encontravam no imóvel invadido e se recusaram sair foram encaminhadas à Superintendência da PF, onde foi lavrado um termo por desobediência à ordem judicial.

Os manifestantes alegam que não há salas de aula suficientes, pedem ampliação do espaço da biblioteca, laboratórios de pesquisa e informática, moradia estudantil e creche para estudantes e funcionários, entre outras exigências.

Segundo os estudantes, a reitoria está realizando uma série de atos para prejudicar o movimento, como o fechamento de espaços da universidade antes do horário previsto e a utilização do e-mail institucional para uma campanha contra os manifestantes.

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