Governo e oposição prevêem tramitação difícil da CPMF

A facilidade que o governo teve para aprovar nesta quarta-feira (15) a legalidade da proposta que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação de Receitas da União (DRU), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), não deve se repetir no Congresso, segundo parlamentares da base aliada ao governo e da oposição. "A CCJ foi a fase mais fácil, como é natural. Na Comissão Especial, será um pouco mais difícil. No plenário, mais difícil ainda. E, no Senado, a tramitação alcançará o ápice da sua dificuldade", previu o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA).

O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) também reconhece que ficará cada vez mais difícil para o governo a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC). Mas ele disse que a base aliada "está coeza", e o governo vai conseguir aprovar a proposta, apesar dos "embates pesados" com a oposição. Cardozo disse que considera "perfeitamente factível" o avanço da proposta sem qualquer alteração de mérito como quer o governo.

Com a aprovação da admissibilidade da PEC na CCJ, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), criará a comissão especial que terá até 40 sessões para analisar o assunto. O governo vai trabalhar para fazer com que a tramitação se dê no período mínimo de dez sessões, mas ainda não há acordo de procedimento com a oposição para que isso aconteça.

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