Brasília – O presidente do PT, José Genoino, reagiu ontem às críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, feitas durante palestra na London School of Economics and Political Science, na qual disse estar decepcionado com o desempenho do governo na área social e que não vê inovação nas ações governamentais. Genoino disse que o ex-presidente está em pré-campanha eleitoral e ainda não desceu do palanque da disputa deste ano.
Genoino ainda rebateu a afirmação de que o PT seria autoritário. "O Fernando Henrique está fazendo pré-campanha eleitoral. Subiu no palanque em 2004 e continua nele. A sua tese do pretenso autoritarismo do PT não tem base intuitiva nem qualquer fundamento nas ações do governo e do partido", disse Genoino em entrevista ao site do PT.
Genoino reagiu também à afirmação de que o governo Lula teria inchado a máquina pública e criado 40 novos cargos de confiança. "Não há inchaço nem politização da máquina pública. Lula nomeou um percentual menor de cargos de confiança do que o que aconteceu no governo dele", revela o dirigente petista.
Na área social, Genoino avalia que os avanços foram muitos maiores do que no governo FHC, seja em investimentos ou em números de atendimento. Ele citou como exemplo da modernização da estrutura de atendimento social o Bolsa Família, que unificou sete programas. "Há o programa Fome Zero, que atinge mais de um milhão de famílias que hoje têm condições de sobrevivência. Temos programas como o Brasil Alfabetizado, onde avançamos bastante. É o mesmo caso dos programas de proteção à terceira idade, com a aplicação do Estatuto do Idoso", afirmou.
O presidente do PT ressaltou também que o avanço dos programas sociais se combinou com a melhoria do quadro econômico, com a geração de empregos e a melhoria na renda. O dirigente cita também programas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além do incentivo ao microcrédito. "Nosso governo tem uma rede de proteção social não assistencialista", falou Genoino.
Outro ponto destacado por Genoino foi o esforço do PT em implementar uma agenda do desenvolvimento para o País. "Parte dela está no Congresso e nos empenharemos para que seja votada até o final do ano", argumentou o petista.
Imbatível
Assim como o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou concordar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é imbatível caso decida partir para a reeleição em 2006. Para ele, nenhum político pode se considerar invencível no Brasil. "Ninguém é imbatível. Não só o presidente como ninguém em um país que tem eleição", cutucou Alckmin.