Gastos com cartões já somam R$ 9 milhões em 2008

Novos dados do Portal da Transparência mostram que os cartões de crédito corporativo do governo federal já produziram uma despesa de aproximadamente R$ 9 milhões em 2008. No mesmo período do ano passado os gastos desse tipo foram de R$ 7,65 milhões. Os dados referentes a 2008 contabilizam os meses de janeiro e fevereiro e também contas de dezembro de 2007.

Para a Controladoria Geral da União (CGU), é normal que esses gastos aumentem, uma vez que o governo tem promovido a adoção gradual do cartão corporativo no lugar dos antigos fundos de suprimentos. Mesmo diante da pressão política contra a existência de despesas sigilosas com os cartões, continua sendo secreta parte expressiva desses gastos envolvendo órgãos e funcionários subordinados diretamente à Presidência da República. Mas, nesse caso, os gastos são menores do que os feitos no mesmo período no ano passado.

Segundo os dados do portal, as despesas sigilosas da Secretaria de Administração da Presidência da República equivalem a R$ 971 4 mil. Já os gastos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que são todos secretos e incluídos na rubrica da Presidência, somam outros R$ 1,6 milhão. Assim, só nos primeiros meses de 2008, os gastos secretos com cartão corporativo dentro da rubrica da Presidência somam mais de R$ 2,6 milhões. No ano passado, no mesmo período, a Abin tinha gasto cerca de R$ 1,7 milhão e a Secretaria da Presidência teve despesas de R$ 1,2 milhão, num total aproximado de R$ 2,9 milhões.

Em 2008, ministros têm sido parcimoniosos no uso do cartão. Sucessor de Matilde Ribeiro, que caiu da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial por conta de despesas irregulares, o ministro Edson Santos nem sequer o utilizou. O ministro da Pesca, Altemir Gregolin, gastou até agora R$ 2.398,41. No ano passado, a conta chegou a cerca de R$ 22 mil Já o ministro do Esporte, Orlando Silva, tem computados gastos de R$ 3.902,59, mas a maioria se refere ainda à despesas produzidas em dezembro de 2007. Silva foi quem produziu com o cartão corporativo a polêmica compra de uma tapioca por R$ 8,00.

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