Fogo em ônibus seria ato do Comando Vermelho

São Paulo (AE) – O principal acusado de comandar o ataque incendiário ao ônibus 350, no bairro da Penha, no Rio, na noite de 29 de novembro do ano passado, o traficante Anderson Gonçalves dos Santos, de 25 anos, conhecido como ?Lorde?, alegou inocência na quinta-feira, no 2.º Tribunal do Júri. Os outros réus, no entanto, o acusaram de ter sido o mandante do crime.

O traficante disse que o incêndio foi ordenado por ?Mica?, que seria o chefe do tráfico de drogas no Morro da Fé, área dominada pelo Comando Vermelho. Ele afirmou que no momento do crime participava de um churrasco com sua esposa, Brenda, em uma comunidade vizinha, para comemorar a viagem do casal para Minas Gerais. Anderson confessou que era ligado ao tráfico de drogas na favela, mas que havia sido afastado por ?Mica?, dois meses antes do incêndio, porque causou prejuízo de R$ 4 mil.

Em seu depoimento ao juiz Cairo Ítalo França David, o traficante negou declarações dadas na Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE), no dia 6 de janeiro deste ano. Lorde inocentou o presidente, da Associação de Moradores da Comunidade Vila Periqui Alberto Maia da Silva, o Beto, também denunciado pelo Ministério Público, que o acusa de ter comprado a gasolina que foi despejada no ônibus.

Lorde negou também que Beto tivesse sugerido atear fogo no coletivo. Ele afirmou que o traficante de nome ?Da Lua? é quem teria matado ?Boneco?, ?Cinco Sete?, Fabiano e ?Pai João?, que também participaram do crime. 

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