Falta estratégia clara para setor aéreo, diz consultora

A especialista em aviação da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, avalia que acidente ocorrido ontem com um avião da TAM em Congonhas confirma a tese de que falta uma estratégia clara para o setor no país. "O óbvio está aí. Os problemas são maiores do que se imaginava.

A analista considera que um problema sério vivido pelo setor nos últimos meses é a falta da definição clara de quem é a responsabilidade pelos diversos eventos ocorridos durante a crise aérea, desencadeada pelo acidente com o Boeing da Gol, em setembro de 2006. "Afinal, de quem é a paternidade? Da Infraero, da Anac, das empresas, da Aeronáutica? Tudo o problema que não tem dono é mais difícil de resolver.

Amaryllis lembra ainda que o governo não possui recursos suficientes para arcar com todos os investimentos necessários para a melhora da infra-estrutura do País. Ela avalia ainda que o governo tem encontrado dificuldade em atrair investimentos do setor privado para a área.

A especialista pondera que problemas como o da derrapagem de aviões na pista de Congonhas ou de fechamento do aeroporto de Guarulhos (Cumbica) devido à neblina não eram corriqueiros até pouco mais de um ano.

"Cumbica sempre teve neblina. Nem por isso víamos o aeroporto fechado por tantas horas como recentemente. Isso pode indicar que os equipamentos do aeroporto estão obsoletos", alerta. "Nunca tive medo de pousar em Congonhas com chuva até pouco tempo atrás. O meu medo era ficar rodando lá em cima.

Em tese, a pista era adequada até pouco mais de um ano atrás", acrescentou a especialista, indicando que há várias falhas na melhora recente da infra-estrutura do setor. "O não entendimento da questão da segurança por parte do governo é um assunto muito sério.

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