Ex-deputado devia R$ 1,3 milhão para bingueiro, revela Polícia Federal

Foragido da Xeque-Mate, o ex-deputado federal Gandi Jamil Georges foi flagrado pelo grampo sendo pressionado por um bingueiro de Campo Grande para pagar dívida de R$ 1,3 milhão. A ligação interceptada pela Polícia Federal ocorreu na tarde de 10 de maio – 24 dias antes que a operação fosse deflagrada.

Em 19 minutos e 36 segundos, Gandi trava um diálogo tenso com o empresário Alfredo Loureiro Cursino, proprietário de bingos e distribuidor de máquinas caça-níqueis em Mato Grosso do Sul. A Xeque-Mate fechou o cerco a 80 pessoas, entre elas Genival Inácio da Silva, o Vavá. Irmão mais velho do presidente Lula, ele caiu no grampo 18 vezes e é acusado pela PF pelos crimes de tráfico de influência e exploração de prestígio. O relatório da investigação federal sustenta que, em março, Vavá chegou a falar pessoalmente com o presidente sobre máquinas caça-níqueis.

A PF suspeita que a dívida de Gandi é relativa a máquinas de jogos instaladas em um cassino de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde o ex-deputado estaria escondido, sob a proteção de capangas armados. Na conversa, Cursino cobra insistentemente R$ 200 mil de Gandi, parte da dívida. Gandi está com a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal. Seus advogados entraram com pedido de relaxamento da ordem judicial. A defesa garante que o ex-deputado está no Brasil.

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