Estudantes da UnB rompem negociações e paralisam atividades

Em assembléia-geral, cerca de 1,5 mil estudantes da Universidade de Brasília (UnB) decidiram nesta quarta-feira (9) paralisar suas atividades na próxima sexta-feira (11). Eles vão acompanhar a reunião do Conselho Superior Universitário (Consuni), instância máxima da instituição, formada por professores, diretores e alunos. Os estudantes ocupam o prédio da reitoria da universidade há sete dias.

Além da deliberação para manter a ocupação da reitoria, os universitários aprovaram um indicativo de greve. Eles também querem realizar, com o apoio do movimento estudantil nacional, um dia de luta, com ocupação de reitorias em todos o país.

Os estudantes também decidiram romper todas as negociações com a direção da UnB até que o fornecimento de água e luz seja restabelecido. Para o universitário Diego Ramalho, da Comissão de Comunicação do movimento estudantil, a falta de luz coloca em risco não só a integridade dos estudantes, como o patrimônio da universidade. ?Estamos sem água e luz há mais de dois dias. A reitoria alega que é para nossa segurança, mas é o contrário?, rebateu.

Na noite de terça-feira (8), o estudante João Victor, do curso de Artes Cênicas, caiu de um vão de aproximadamente quatro metros de altura. Apesar da queda, ele sofreu ferimentos leves e, nesta quarta-feira (9), estava de volta à reitoria. ?Na verdade, estamos aqui sem segurança nenhuma, um prédio dessa dimensão sem luz. Estamos sendo iluminados por velas?, relatou.

Apesar da invasão à reitoria, as atividades na UnB não foram paralisadas. Os representantes do movimento de ocupação, rebateram as acusações do reitor Timothy Mulholland de que a manifestação estaria comprometendo serviços essenciais da universidade, como o pagamento de funcionários, técnicos e estagiários, a efetivação de contratos, de convênios e a aquisição de materiais.

Os estudantes afirmaram que os servidores que trabalham no prédio não serão impedidos de entrar. ?O único lugar que não desocuparemos é o gabinete do reitor?, disse Ramalho.

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