Estrangeiros querem investir em segurança no Rio

O secretário de Estado de Fazenda do Rio, Joaquim Levy, destacou hoje, em Nova York, em teleconferência a investidores e empresários, que segurança pública é prioridade para o governo estadual por causa dos Jogos Olímpicos de 2016. Levy citou para a adoção do que classificou como “tolerância baixa para atividades criminosas” na região. Ele estimou que os investimentos que serão feitos para os Jogos “vão ajudar neste objetivo” e acrescentou que há empresas internacionais interessadas em “ajudar com segurança”.

Os comentários foram feitos em evento realizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Manhattan, com os diretores da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), para apresentar a pesquisa “Decisão Rio: 2010-2012”, que foi divulgada no Brasil no início do mês.

O levantamento atenta, nesta edição, para R$ 126,3 bilhões em investimentos privados e públicos, que englobam recursos federais, municipais e estaduais, e foi elaborado sem contabilizar aplicações adicionais para a Olimpíada. Para o evento olímpico, a estimativa da Firjan é que US$ 14 bilhões sejam investidos pela iniciativa privada.

Levy afirmou que há cerca de US$ 2 bilhões sendo investidos atualmente nas principais favelas do Rio, numa estratégia de longo prazo. Ele diz que o governo está “tendo sucesso” ao lidar com a questão. O secretário citou ainda a queda do juro básico no País está “transformando” o setor imobiliário no Estado.

“Queremos ter Estado funcional”, disse. “Segurança pública é prioridade e é um direito para pobres e ricos e caminha de mão juntas com orçamento para investimento em áreas pobres”, disse. “Quando investimos em segurança, estamos ajudando aqueles que são mais necessitados no Rio de Janeiro, e a Olimpíada vai nos ajudar neste objetivo”, afirmou.

De forma geral, Levy estimou que os investimentos para obras diretamente ligadas à Olimpíada de 2016 serão amplamente financiados pelo governo federal. A principal razão para que estes investimentos sejam financiados pela União, disse, é que estas obras, como o Centro de Treinamento da Barra e a Vila Olímpica, se tornarão locais de excelência para todo o País depois dos Jogos Olímpicos.

“Esperamos que outros (jogos) venham depois deste”, emendou. Ele ainda observou que as residências que circundarão o Centro Olímpico serão financiadas pelo setor privado.