Em São Paulo, nove cidades firmam pacto de políticas para jovens

Nove representantes de prefeituras da região de Campinas (sete prefeitos e dois vices) assinaram hoje o Pacto pela Juventude, no 1º Seminário Municipal de Políticas Públicas da Juventude, realizado no município do interior paulista. O documento é uma proposição do Conselho Nacional da Juventude aos governos federal, estaduais e municipais e aos candidatos a cargos públicos para que se comprometam com o atendimento às necessidades de um grupo que hoje é composto por aproximadamente 50,5 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, de acordo com dados da União.

Ao menos 300 pessoas participaram do encontro, cujo objetivo foi buscar com os dirigentes municipais o compromisso de investimento em programas educacionais e sociais, a criação de órgãos que represente os jovens e a busca pela garantia de sua representatividade legítima.

De acordo com o secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, Danilo Moreira, as principais necessidades são a aprovação de uma proposta de emenda à constituição (PEC) que garanta os direitos fundamentais do cidadão também a este grupo, medidas para combater o analfabetismo, ações de inclusão digital e capacitação profissional e projetos na área de cultura, lazer e esporte como ferramentas para inclusão social.

“Não queremos políticas pontuais, que sejam reféns de um governante. Queremos uma política de Estado, com disposições legais”, afirmou Moreira. “Não queremos trabalhar com a ideia de que, se o jovem não votar no Lula, por exemplo, os programas que estão aí vão acabar. Não. Queremos falar para o jovem buscar candidato que tenha propostas e conhecer o que ele está propondo e poder julgar o que é melhor”, disse o representante.

O presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo, Augusto Chagas, participou do encontro e reconheceu a disposição para o fortalecimento da juventude e o envolvimento dos governantes, mas apontou inoperância e falta de eficácia em muitas das medidas anunciadas, projetadas e até já adotadas por políticos. “Vejo uma postura muito de questões e raciocínios prontos, sem uma agenda coletiva, uma agenda do Estado brasileiro”, afirmou Chagas.

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