O sub-relator de Movimentações Financeiras da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), informou ontem que o trabalho dos técnicos para organizar a base de dados das movimentações financeiras feitas pelo publicitário Duda Mendonça em 12 contas bancárias no Brasil já está concluído.
Segundo Fruet, em sete contas de pessoa física e cinco de empresas, o publicitário movimentou R$ 1,3 bilhão, entre os anos de 2000 e 2005.
O deputado ressaltou que, apesar de ser uma movimentação alta, não quer dizer que haja irregularidade. Agora, o sub-relator e os técnicos vão analisar os dados da movimentação para saber se houve irregularidade. Hoje, Fruet reúne-se com os auditores das empresas de consultoria externa para discutir este e outros assuntos.
Já o sub-relator de Fundos de Pensão da comissão, Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), afirmou que os recursos de fundos de pensão de empresas estatais foram usados para fins políticos. Ele investiga a existência de coincidências entre as aplicações realizadas por 14 fundos de pensão nos Bancos BMG e Rural com os saques feitos das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do "mensalão".
O Conselho de Ética adiou ontem a sessão em que seria votado o parecer do relator Carlos Sampaio (PSDB-SP), que pede a cassação do mandato do presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), por quebra de decoro parlamentar. Os deputados precisaram interromper a reunião por causa do início das votações em plenário (ordem do dia). A sessão deverá ser concluída hoje.