Drama de Iruan, entre dois países

Porto Alegre – Os tios taiwaneses do menino brasileiro Iruan Ergui Wu, de oito anos, convenceram o juiz Liao Chen Hsiung a prorrogar o prazo para a repatrição do garoto até a próxima segunda-feira. A viagem de volta estava prevista para ontem, mas o menino não foi entregue às autoridades que foram buscá-lo na aldeia de Chiehting. É a quarta vez que os familiares paternos conseguem protelar o cumprimento da decisão tomada em dezembro pela Suprema Corte de Justiça de Taiwan. O argumento, agora, é de que não havia uma notificação oficial de que a sentença deveria ser cumprida.

As notícias vindas do oriente frustraram a avó materna de Iruan, Rosa Leocádia Ergui, que estava preparando a festa de recepção para este sábado. Se tivesse sido entregue, o menino embarcaria para o Brasil, acompanhado do representante brasileiro em Taiwan, Paulo Antônio Pereira Pinto, ontem. As decisões da Justiça reconhecem que a guarda da criança é da avó materna, como foi determinado pelo pai, Teng Shu Wu, que morreu em março de 2001, poucos dias depois de levar Iruan, já órfão de mãe, para conhecer os parentes taiwaneses. O menino está retido por um tio, Huer Eam Wu, e adaptou-se aos hábitos locais.

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