Disque-mulher deve receber até 200 chamadas por dia

Brasília (ABr) – Duzentas ligações por dia devem chegar à central telefônica lançada ontem para receber denúncias de violência contra as mulheres e para orientar e encaminhar as vítimas para os serviços especializados. Essa é a expectativa da secretaria especial de políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, que participou da inauguração do número de telefone 180.

No ano passado, mais de 189 mil brasileiras acima de 10 anos foram internadas em hospitais por problemas ligados à violência. Segundo o ministro da Saúde, Saraiva Felipe, entre as principais causas dessas internações estão fraturas, luxações e traumatismos em diversas partes do corpo, inclusive no crânio. ?Isso realça e ressalta a importância desse trabalho?, avaliou o ministro. Nilcéa Freire disse que a expectativa é que o serviço aumente a procura de ajuda por parte das vítimas. ?Como é um serviço sigiloso, elas poderão ligar sem medo de se exporem?, afirmou.

O serviço está funcionando em todo o país através do número 180. A ligação é gratuita e a identidade das pessoas que fizerem a denúncia e das vítimas serão mantidas em sigilo. As atendentes, todas psicólogas ou concluintes do curso de Psicologia, darão orientações para que a vítima se proteja do agressor. Ela será informada também sobre seus direitos legais e sobre os locais que deve procurar, como as delegacias de mulher, defensorias públicas, postos de saúde, instituto médico legal para casos de estupro e casas de abrigo.

Nos três primeiros meses, a central de atendimento funcionará em caráter experimental de 7h às 18h40, de segunda a sexta-feira. Ao todo, são 12 profissionais que estarão fazendo o atendimento, divididas em equipes de quatro. A partir de março, o serviço passará a funcionar 24 horas diariamente, inclusive finais de semana. 

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