Dilma Rousseff afirma que investigações da PF continuarão doa a quem doer

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse, ao comentar o indiciamento do irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, pela Polícia Federal, que as investigações tendem continuar "doa a quem doer". Dilma disse acreditar que o processo da PF vem em favor da democracia e que o órgão age contra a corrupção no País. No entanto, a ministra disse que o processo de indiciamento, como a palavra diz, não significa a culpa do investigado. "Não significa eliminar o direito sagrado de defesa, pois quem tem que provar a culpa é a autoridade que investiga", afirmou. "Nós estamos tranqüilos neste processo.

A ministra participou do encerramento do Ethanol Summit, em São Paulo, onde pela manhã o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como um novo Fome Zero. "Lamento que o ex-presidente faça oposição que não é contributiva. Eu respeito, mas discordo completamente. Ele foi equivocado." Segundo Dilma, no momento a economia acelera para um ritmo de crescimento de 4,5% ao ano, como várias consultorias já apontaram.

Dilma comentou ainda que espera que o licenciamento das usinas no Rio Madeira saia nos próximos dias. E evitou atrito com a ministra do meio ambiente, Marina Silva. Nesta terça-feira (5) pela manhã, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que o Ibama analisa com urgência os impactos ambientais das obras das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, mas avisou que a licença só deverá ser concedida se o projeto obedecer todos os dispositivos legais.

Segundo Dilma, o Ibama já sinalizou que o processo sobre as usinas do Rio Madeira será encaminhado nos próximos dias e que não tem como interferir, ao ser indagada se iria conversar com Marina. "Acredito que o licenciamento do Madeira vai sair." No evento, que discutiu o crescente uso do etanol como combustível alternativo, Dilma disse que o setor produtivo de álcool já conquistou a maturidade no País e defendeu os investimentos na produção de biodiesel e em pesquisas para a produção de álcool a partir da celulose, o que é chamado de segunda geração desse combustível.

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