Desviados U$ 15 mi de madeira apreendida

Brasília – O governo cedeu às pressões dos madeireiros do oeste do Pará, autorizados a continuar derrubando mognos, cedros e ipês na Amazônia. E o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) não sabe onde estão cerca de 48 mil metros cúbicos de madeira de lei apreendidos em várias operações de fiscalização ao longo de 2002 e 2003 na região e avaliadas em U$ 15 milhões. As árvores foram derrubadas ilegalmente nas terras federais das reservas florestais onde vivem os índios Caiapó, Iriri e Mecranotiri e compradas por quatro madeireiras de Santarém. O desaparecimento da madeira foi constatado pelos procuradores que elaboraram um extenso relatório entregue no dia 4 de setembro ao procurador-geral do órgão, Sebastião Azevedo. A sindicância, que gerou um processo de seis volumes, constatou que os fiscais do Ibama lavraram o auto de apreensão da madeira que estava nos pátios das serrarias, mas a coordenação de fiscalização do instituto não elaborou o inventário da madeira, nem nomeou os fiéis depositários do patrimônio público que desapareceu. O relatório da comissão de sindicância responsabiliza seis funcionários da Coordenação-Geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, na época ocupada por Marcelo Marquezini.

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