Deputados da oposição criticam declarações de Dilma Rousseff

O deputado Paulo Renato (PSDB-SP) criticou, em audiência pública encerrada há pouco, as declarações da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que o Governo Lula recebeu o "País quebrado", e de que o governo anterior havia desmontado a capacidade de planejamento do Estado brasileiro. Segundo ele, o Governo Fernando Henrique Cardoso, do qual fez parte como ministro da Educação, teve planejamento, e a crise econômica final do governo teve como foco o receio de um governo do PT.

Além disso, Paulo Renato disse que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é análogo ao programa Avança Brasil, do governo anterior, que também tinha metas para ser acompanhadas, apenas sem foco específico em infra-estrutura. "Não há novidade nesse programa, como não há quanto ao Bolsa Família, como a senhora quis fazer crer", criticou. O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) também lamentou as "inferências políticas" da ministra, que sempre fez comentários técnicos.

Dilma reconheceu méritos do governo anterior, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Plano Real, mas voltou a afirmar que o País foi quebrado em várias áreas. Segundo ela, as conseqüências para o Governo Lula foram duras, porque não havia recursos para investimento no primeiro ano, devido a uma crise fiscal; e áreas estratégicas, como o setor elétrico, não tinham qualquer planejamento.

"Seriam necessários três anos para voltar a planejar, porque não se faz estudos em hidrelétricas, por exemplo, com menos tempo", disse. Os setores de transporte e logística foram citados pela ministra como áreas em que também houve problemas. Ela disse que não quis ceder a um jogo político, e sim explicar o porquê da necessidade do PAC.

CPMF

Voltando a falar sobre a CPMF, Dilma disse que é vontade do presidente Lula que seu governo respeite as decisões do Congresso, evitando críticas desnecessárias aos senadores que rejeitaram a medida. Ao mesmo tempo, a ministra disse que o governo deve principalmente honrar os setores da oposição que quiseram votar a CPMF com o governo.

Voltar ao topo