O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (1) que a crise econômica nos EUA "preocupa todas as pessoas de bom senso e que têm juízo". Lula disse que a crise está ocorrendo "em pílulas" e que leva tempo para se ter um quadro completo da situação. Mas, segundo Lula, o fato é que ela é grave e uma recessão prolongada na economia norte-americana teria impacto na economia mundial e o Brasil não estaria imune a isso.
Por outro lado, Lula ressaltou que hoje o mundo vive uma situação diferente, em que outras economias têm mostrado uma capacidade maior de crescimento, como é o caso dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e de economias como a de Angola, que depois do processo de paz está crescendo a uma taxa de 20%. O presidente ressaltou que o Brasil está em uma situação melhor, com menor vulnerabilidade, para enfrentar esta crise e destacou que o governo vai trabalhar para consolidar esta situação, tomando as medidas que forem necessárias para garantir a solidez econômica do País.
PAC
Em seu discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto, Lula elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e disse que muita gente não tem noção dos impactos que ele está causando no Brasil. Para Lula, o PAC está promovendo uma revolução e o desempenho de setores como o da construção civil mostra isso.
Lula sugeriu que o IBGE faça uma investigação sobre crescimento, emprego e renda nas cidades pequenas e médias, e não somente nas regiões metropolitanas, para mostrar o que está acontecendo no País. Ele criticou os governos dos últimos 40 anos que, segundo ele, agiram com "descaso" e "irresponsabilidade" na questão da urbanização.