Controladores culpam equipamento

Brasília (AE) – Em entrevista à revista Época, dois controladores de vôo que trabalhavam no dia do choque entre o jato Legacy e o Boeing da Gol afirmam que os equipamentos de controle de tráfego aéreo induziram a torre a erro. O software dos computadores utilizados pelos controladores informou que o Legacy voava na altitude autorizada em seu plano de vôo (36 mil pés) quando, na realidade estava em rota de colisão com o vôo da Gol, a 37 mil pés. Segundo eles, no dia do acidente também havia falha na comunicação entre os aviões e a torre de controle. Apesar de a Aeronáutica negar, os controladores garantiram que existem zonas cegas que não são alcançadas pelos radares. ?É um grande retângulo, que pega o norte de Mato Grosso, Tocantins e chega até a Bahia?, afirmou um deles.

Tragédia foi ocultada por 48 horas

São Paulo (AE) – O governo já sabia que a queda do Boeing 737-800 da Gol, em 29 de setembro, em Mato Grosso, não tinha deixado sobreviventes, mas demorou 48 horas para revelar a informação. Segundo a revista IstoÉ, enquanto os parentes dos 154 passageiros aguardavam notícias da colisão entre o Boeing e o jato Legacy, a cúpula da Aeronáutica, da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já estava certa de que o acidente tinha resultado em tragédia.

Durante os dois dias em que o País aguardava notícias de sobreviventes, cinco homens do esquadrão de elite da Aeronáutica desceram de rapel no local da queda. ?Os homens desceram e passaram a noite lá, junto (dos corpos), numa operação extremamente complicada?, declarou o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereiral, à revista.

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