“Confio em critérios de Lula para o setor elétrico”, diz Dilma

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou nesta quinta-feira (21) divergências com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na composição dos cargos do setor elétrico e disse que a decisão é "restrita" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não tenho divergências com o ministro Lobão, como ele não tem comigo", afirmou, em entrevista no Palácio Piratini, após reunir-se com a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).

A definição dos nomes está com o presidente, conforme a ministra. "O cargo e as pessoas que o presidente considerar aptas serão os que apoiarei de forma irrestrita", acrescentou Dilma. Questionada sobre o apoio mesmo se as escolhas não tiverem perfil técnico, a ministra disse confiar na decisão de Lula. "Eu confio nos critérios do meu presidente.

A ministra discutiu com a governadora reivindicações do Rio Grande do Sul na área de infra-estrutura. Ela informou que o governo federal terá, dentro de um mês, um estudo técnico sobre a possível duplicação da BR 392, entre Pelotas e Rio Grande, na região sul do Estado. "O governo federal quer duplicar", garantiu Dilma.

O obstáculo ao investimento está em uma avaliação que considerou aumento de pedágio após a duplicação. A ampliação da rodovia, no entanto, implicará em aumento de receita que não foi considerada no estudo, argumentou a ministra. Ela ponderou que o governo não aceitará pressão política para aumentar ou reduzir a tarifa, pois as duas hipóteses prejudicariam o usuário.

A duplicação não está prevista entre as exigências do contrato de concessão federal que vigora na rodovia. O andamento do projeto irá aguardar até a conclusão do estudo. "Queremos fazer em base técnica indiscutível", ressaltou Dilma.

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