Comissão do Senado aprova indicação de três novos diretores para o BC

Brasília – A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira (13), por unanimidade, a indicação de três novos diretores para o Banco Central. Agora as indicações seguem para votação no plenário da Casa. Segundo o presidente da comissão Aloízio Mercadante (PT-SP), a votação em plenário deve ocorrer até a próxima terça-feira (20).

Durante a audiência para sabatinar os indicados, Mercadante cobrou atuação no sentido de dar continuidade à redução da taxa básica de juros (Selic). ?Se não tiver alívio na política monetária, não terá espaço para reduzir carga tributária?, disse.

Assim como outros senadores, Mercadante também criticou a fiscalização do Banco Central nas instituições. ?Se tivéssemos mais eficiência na fiscalização, não seríamos surpreendidos com operações da Polícia Federal contra lavagem de dinheiro, envolvimento de instituições financeiras em práticas ilícitas?, disse Mercadante.

Mercadante elogiou o currículo dos três indicados e o fato de serem funcionários de carreira do Banco Central.

No audiência, Anthero de Moraes Meirelles, indicado para a diretoria de Administração, afirmou que há defasagem nos efeitos da redução da Selic para a economia. ?A redução da taxa Selic ainda nem proporcionou todos os benefícios em termos de produtos, investimentos?, disse.

Alvir Alberto Hoffmann, indicado para o cargo de diretor de Fiscalização, defendeu a autonomia operacional do Banco Central e alterações funcionais, como o mandato fixo para a direção da autoridade monetária. Ele disse que pretende atuar no sentido de sensibilizar o governo e parlamentares para rever a legislação, que provoca algumas fragilidades legais para o exercício da fiscalização do BC.

?Pretendo oferecer todo o apoio aos usuários de serviços financeiros em seu relacionamento com o sistema financeiro. Preocupa-me a insatisfação com a qualidade e os custos dos serviços?, disse Hoffmann.

A indicada para a diretoria de Assuntos Internacionais, Maria Celina Berardinelli Arraes, defendeu o controle da inflação, assim com a manutenção de superávit primário e adoção de taxas de câmbio flutuante.

"Não serão feitas experimentações nem existem mágicas quando se tratam esses temas. Esse alicerce permitiu a construção de políticas sociais de sucesso?, afirmou.

Ela disse que o BC tem atuado no sentido de aumentar a concorrência entre os bancos, com maior medidas para permitir aos consumidores compararem preços de tarifas.

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