Comércio eletrônico fatura R$ 2 bilhões

Rio – O comércio eletrônico no Brasil já se consolidou como uma poderosa ferramenta de vendas para as empresas. Foi também a melhor opção para quem quis fazer as compras de Natal longe do tumulto das lojas convencionais. O faturamento do comércio eletrônico para o Natal pode aumentar 40% na comparação com 2003, de acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara e-net), entidade voltada para a área de economia digital no Brasil e América Latina. Entre os dias 15 de novembro e 23 de dezembro a expectativa era de vender R$ 286 milhões, contra R$ 204 milhões do ano passado, de acordo com Cid Torquato, diretor-executivo da Câmara-e.net.

No ano, o faturamento do comércio eletrônico deve fechar em R$ 2 bilhões. Em 2003, o segmento faturou R$ 1,2 bilhão. Entre os produtos mais procurados estão câmeras digitais e celulares, seguidos por DVDs e aparelhos de som com MP3. O valor médio das compras por pessoa supera R$ 300. A renda familiar média dos consumidores virtuais oscila entre R$ 3 mil e R$ 8 mil mensais, nas classes A e B. Desse total, 57% têm nível superior completo e pós-graduação. O público consumidor virtual também vem aumentando. Em janeiro de 2004 eram 2,4 milhões e hoje já são mais de 3,6 milhões.

Os números do varejo virtual, poderiam ser ainda maiores não fossem as dúvidas quanto aos sistemas de proteção de dados dos clientes durante as compras. Segundo o site Amazon.com, mais de 60% dos carrinhos virtuais de compras não se transformam em operações por causa de dúvidas do cliente na hora da transação.

"Muitos internautas ainda estão experimentando e se acostumando ao comércio eletrônico. As desistências, circunstanciais, fazem parte do processo", disse Torquato. Yasmin Freire de Souza está entre os milhares de consumidores virtuais brasileiros. A comodidade é um dos atrativos destacados por ela. "Costumo comprar pela internet, mas apenas em sites conhecidos. Até hoje não tive qualquer problema, confio nos sistemas de segurança. Já estou planejando novas compras e, há cinco meses passei a comprar também no site da Brasif. A comodidade é um dos trunfos do comércio virtual", afirma.

Segundo Yasmin, as lojas virtuais, em alguns casos, também ganham das convencionais no preço. "Costumo comprar perfumes até 5% mais baratos que nas lojas físicas. O importante, antes de mais nada, é pesquisar em sites próprios para isso. Eu sempre uso essa ferramenta antes da compra", afirmou.

Confrontar valores é prática cada vez mais usual entre os clientes virtuais. Sites específicos como o BuscaPé, ajudam a comparar os preços de um mesmo produto. Pesquisa realizada pelo site mostra que cerca de 6,7 milhões de consumidores usam a ferramenta antes de comprar.

Um levantamento feito nos primeiros sete dias de dezembro por outro site de pesquisas, o Bondfaro.com, mostra que a oscilação de preços entre os presentes de Natal pode chegar a 144%.

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