CNA pede para resolver problemas do setor agrícola

Brasília – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Ernesto de Salvo informou, por meio de nota divulgada ontem pela assessoria da entidade, que avaliou positivamente a indicação do deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) para ministro da Agricultura. ?A CNA vê com satisfação a indicação do deputado para ministro do setor. Ele tem vasta experiência no campo da agricultura e pecuária e terá possibilidade de fazer uma bela gestão no momento atual da agricultura brasileira?.

De Salvo cobrou, no entanto, a resolução dos problemas de sanidade e das dívidas agrícolas, classificados como pendências antigas. ?O atual cenário de previsão de uma safra boa e a força que o novo ministro poderá ter geram a perspectiva de resolver pendências antigas, como sanidade e débitos anteriores? informou.

O presidente da CNA lembrou que os últimos ministros tiveram boas avaliações do setor produtivo, mas não desempenharam esses papéis. ?A esperança da gente nunca se transformou em fato, porque esses ministros na maior parte das vezes deixaram de contar com forte apoio da equipe econômica e da Presidência da República?, disse Salvo sem citar nomes.

Para a CNA, a falta de apoio praticamente inviabilizou soluções para a maior parte dos problemas do setor. ?Esperamos que Balbinotti vença essa barreira e que sua primeira vitória seja conseguir do governo, como um todo, apoio às teses do ministro da Agricultura?, concluiu o presidente da CNA.

Novo nó

Com o anúncio das primeiras mudanças no Ministério, o nó da reforma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conclui semana que vem está na sucessão de Luiz Fernando Furlan, no Desenvolvimento, Indústria e Comércio, e de Tarso Genro, nas Relações Institucionais. Inicialmente, o atual ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, aparecia como sucessor de Genro, mas com a saída de Furlan, do Desenvolvimento, o nome dele também passou a ser cogitado para esta pasta.

?Estou virando uma espécie de coringa no noticiário, mas ainda não recebi nenhuma informação do presidente sobre qual será o meu lugar?, afirmou o ministro. Segundo Mares Guia, nas conversas sobre reforma ministerial, o argumento de Lula é de que o governo está funcionando e que faltam poucos nomes a serem definidos. ?Falta pouco para se ajustar. E eu estou aí nesse meio, estou na gangorra?, disse o ministro, que evitou manifestar preferência por um dos dois ministérios, dizendo que está ?meio a meio?.

A possível nomeação de Mares Guia para o Desenvolvimento agrada ao PT, que gostaria de manter a articulação política do governo, representada pelo Ministério das Relações Institucionais. Entre os cotados para a vaga estão o ex-governador do Acre, Jorge Viana, e o deputado Henrique Fontana (PT-RS). 

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