Chinaglia nega que reajuste parlamentar esteja em debate

 Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Arlindo Chinaglia: quando em campanha, ele defendeu o reajuste.

Brasília – A cúpula da Câmara desentende-se sobre o reajuste de 28% dos salários e da verba de gabinete paga a cada um dos 513 deputados. A proposta de aumento foi apresentada à Mesa Diretora da Casa pelo segundo secretário, deputado Ciro Nogueira (PP-PI). Mas o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), nega que o assunto esteja em discussão. Com a elevação, a remuneração dos deputados saltaria dos atuais R$ 12,8 mil para R$ 16,5 mil mensais. Já os recursos de gabinete, destinados a pagar a até 25 funcionários, passaria de R$ 50,8 mil para R$ 65 mil ao mês. ?Queremos corrigir os salários dos funcionários dos gabinetes no mesmo porcentual dos dos deputados. Se vai corrigir os salários dos deputados, tem de corrigir também os dos funcionários?, defendeu ontem Nogueira.

Segundo ele, o projeto de resolução com o acréscimo salarial dos parlamentares deverá entrar na pauta de votações do plenário até o fim do mês. ?Esse assunto não está em pauta, e não pretendo colocar em pauta. No que diz respeito ao reajuste salarial, ou reposição de perdas, isso será tratado em dado momento, que não é este?, afirmou Chinaglia. Durante a campanha para presidente da Casa, ele incluiu entre as promessas a melhoria imediata dos vencimentos dos deputados. Ontem, Chinaglia disse que não é pressionado a conceder a ampliação salarial. ?Não é reajuste salarial. Trata-se da reposição da inflação dos últimos quatro anos?, disse o primeiro-vice presidente, Nárcio Rodrigues (PSDB-MG). ?Há quatro anos não temos reajuste?, lembrou.

De acordo com o segundo secretário da Câmara, a proposta é aprovar primeiro, no plenário, o reajuste dos parlamentares, que também precisará passar pelos senadores para entrar em vigor. Depois, a mesa diretora fará um ato administrativo com o aumento do dinheiro do gabinete. A elevação das dotações não precisa ser votada no plenário da Casa. 

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