Campanha do novo Palio é suspensa pelo Conar

O Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar) suspendeu nesta sexta-feira, dia 14, em caráter liminar, o filme principal da campanha publicitária de lançamento do novo Pálio, da Fiat. Criado pela Leo Burnett, o comercial conta a história de um presidiário, na casa dos 60 anos, no dia em que deixa a prisão. Ao sair, encontra o veículo parado na rua e não resiste a tentação de arrombá-lo. A assinatura da campanha é: Novo Palio. Impossível ficar indiferente.

Em coletiva de imprensa realizada na primeira semana de novembro, a diretoria de comunicação e publicidade da montadora afirmou que sabia dos riscos que estava correndo e que a campanha provavelmente causaria polêmica, assim como a anterior, de lançamento do modelo antigo do Palio – Está na hora de você rever seus conceitos -, que discutia temas como sexo na adolescência, casamento interracial e homossexualismo. “Se houver polêmica, teremos a oportunidade de discutir o sistema carcerário brasileiro, que não recupera os presos. Filmamos uma cena real, absolutamente real”, disse na ocasião Marco Antônio Lage, diretor de comunicação corporativa da Fiat.

Em comunicado conjunto enviado à redação neste final de tarde, a Fiat e a Leo Burnett afirmam que “a peça publicitária levada ao ar para o lançamento do novo Palio não teve, de maneira alguma, a intenção de incitar a violência nem tão pouco estigmatizar o presidiário brasileiro”. Diz o texto:

“A Fiat e a Leo Burnett entendem que a publicidade, como as demais formas de comunicação, serve para disseminar mensagens – que necessariamente não se restrinjam apenas a estimular o consumo. Nesse particular as bem sucedidas campanhas anteriores da Fiat, produzidas também pela Leo Burnett, se pautaram pela escolha de temas que pudessem agregar conteúdo à reflexão sobre questões do dia-a-dia dos seus consumidores. A Fiat e a Leo Burnett lamentam que a campanha não tenha sido assim também percebida. Reiteram, todavia, sua intenção de continuar fazendo campanhas criativas e até ousadas, desde que possam ser notadas como positivas e respeitosas.” (As informações são dos site Meio&Mensagem)

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