Brasil integra comissão da OEA na crise do continente

A Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou nesta quinta-feira (6) que o Brasil, a Argentina, o Panamá e o Peru integrarão a comissão formada ontem à noite para acompanhar o conflito entre a Colômbia e o Equador. A comissão formada a partir de uma Resolução do Conselho Permanente da OEA e que será presidida pelo secretário geral do órgão, José Miguel Insulza, deverá propor "fórmulas de acercamento entre ambas as nações".

A comissão terá que apresentar um relatório para a Reunião de Consulta dos Ministros de Relações Exteriores, que será realizada no dia 17 de março, na sede da OEA, em Washington, Estados Unidos, para analisar os fatos e formular "as recomendações pertinentes". Para o chanceler argentino, Jorge Taiana, o reconhecimento da OEA à Argentina se deve ao "intenso trabalho diplomático" para intermediar o conflito entre Colômbia e Equador, para que não se não se aprofunde e "não se altere a paz na região e o processo humanitário continue".

A presidente Cristina Fernández de Kirchner se reuniu nesta quinta-feira, em Caracas, com presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e com a mãe da ex-candidata presidencial franco-colombiana, Ingrid Betancourt, mantida refém pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há mais de seis anos. Yolanda Pulecio voltou a pedir ajuda para liberar a filha.

Hugo Chávez

No encontro com Chávez, ambos os presidentes expressaram repúdio pela violação da soberania do Equador por parte da Colômbia. Essa manifestação aparece nos acordos que ambos os presidentes assinaram nesta quinta-feira no Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano. A condenação da decisão do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de atacar um acampamento das Farc no território equatoriano, que terminou com o assassinato do número dois da guerrilha, Raúl Reyes, foi manifestado de maneira sutil.

"Os presidentes Fernández de Kirchner e Chávez confiam em que as ações em andamento na Organização de Estados Americanos (OEA) contribuirão para evitar situações como a violação da soberania do Equador e permitirão fortalecer a paz dos povos da região", afirma o quinto item da declaração conjunta divulgada durante entrevista coletiva.

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