Bloqueio de celular pode não ser 100% eficaz, dizem teles

Brasília (AE) – O diretor da Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel), Emerson Costa, afirmou não haver garantias de que seja possível bloquear 100% do sinal nos presídios, principalmente os localizados nos centros urbanos. ?É uma questão técnica nova, não podemos falar com 100% de precisão?, afirmou.

Ele explicou que o bloqueio é 100% quando se desliga totalmente a antena. ?Pode ser que algum sinal ou outro pegue. Não é 100%. Vamos ver, com a experiência de campo, agora, cumprindo a decisão judicial?, disse. Segundo Costa, as operadoras e a Anatel vão informar à população, nos meios de comunicação, dos eventuais problemas que poderão ser causados com o desligamento das antenas, já que próximo aos presídios o celular pode não funcionar. Ele disse que ainda não foram levantados os prejuízos das operadoras. ?As empresas vão colaborar no que for possível porque a situação é grave?, afirmou.

O superintendente de radiofreqüência e fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Edilson Ribeiro, disse ontem que será necessário gastar em média R$ 1 milhão em cada presídio para a instalação de bloqueadores de celulares. Ribeiro participou de audiência da CPI do Tráfico de Armas, na Câmara, para explicar como funciona o bloqueio dos celulares. Ele disse que esse valor de R$ 1 milhão é para elaboração do projeto que cubra todas as radiofreqüências por onde passam as ondas dos celulares e para a compra de equipamentos.

Quarta-feira, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, havia dito que ao todo existem 300 presídios no País. Com isso, de acordo com a previsão do superintendente da Anatel, seriam necessários R$ 300 milhões. 

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