Banco confirma acordo de quitação de dívida com PT

O Banco BMG confirmou nesta terça-feira (17) que fez um acordo com o PT, em agosto do ano passado, para a quitação da dívida original de R$ 2,4 milhões, contraída em 2003 pela direção nacional do partido, tendo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza como um dos avalistas. O acordo foi homologado pelo juízo da 34ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte. O ex-presidente petista José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares também avalizaram o empréstimo. Conforme o BMG, o acordo foi fechado após penhoras nas contas dos ex-dirigentes do PT. "O BMG foi procurado pelo PT em julho de 2006, quando deu início às tratativas para uma composição", informou a instituição financeira, em nota. A dívida, atualmente, estaria na casa de R$ 4,9 milhões.

O advogado de Valério, Rodolfo Gropen, disse que seu cliente não participou da negociação. "Esse negócio foi feito entre o Partido dos Trabalhadores e o banco". Segundo Gropen, a dívida não entrou no montante de mais de R$ 100 milhões, em valores atualizados, que o empresário mineiro cobra na Justiça do PT – referentes a empréstimos contraídos aos bancos BMG e Rural a partir de 2003, com as correções e encargos cobrados pelos bancos BMG e Rural.

Em nota assinada pelo presidente Ricardo Berzoini e o secretário nacional de Finanças e Planejamento, o PT observou que já havia informado, em junho de 2005, após o estouro do escândalo mensalão, que as dívidas contraídas formalmente pelo partido seriam reconhecidas. Na nota, os dirigentes afirmam que o fato derruba o que classificaram de "tese maldosa" dos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense em suas edições desta terça-feira. "Segundo a qual o acordo para pagamento da dívida do BMG teria a intenção de `salvar Marcos Valério’". "O PT reitera que, apesar de suas dificuldades financeiras, está envidando todos os esforços para cumprir com seus compromissos, o que inclui acordos de renegociação de dívidas formais como o celebrado com o BMG", conclui o comunicado.

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