| Foto: Agência Brasil |
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| Múcio: mensalão. |
As bancadas do PP e do PTB na Câmara deverão formalizar hoje o apoio ao candidato a presidente da Casa Arlindo Chinaglia (PT-SP). Chinaglia foi avisado hoje em encontros que manteve com os líderes dos dois partidos, Mário Negromonte (PP-BA) e José Múcio Monteiro (PTB-PE), que, pelas consultas informais feitas aos deputados, a maioria estará com o petista na disputa com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
Com o PTB e o PP, Chinaglia terá a adesão formal da maioria das legendas da base e de todas as siglas que estiveram envolvidas no escândalo do ?mensalão? -PTB, PP, PL e PT.
Depois de se reunir com Monteiro, o candidato do PT de São Paulo a presidente da Câmara disse que a informação que obteve também era de apoio da bancada do PTB à candidatura no encontro de hoje. No contra-ataque, o PSB e o PCdoB, que apóiam Rebelo, começaram a articular a formação de um bloco parlamentar que poderá melar o acordo do PT com o PL que permitiu a adesão deste partido a Chinaglia. O bloco, se formado, terá preferência na escolha da quarta secretaria da mesa diretora, vaga prometida ao PL pelo PT, de acordo com a regra que estabelece a ordem de escolha dos cargos conforme o tamanho das bancadas. O PMN também deverá participar do bloco, segundo o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo. ?É uma forma de termos participação em comissão e ter presença maior na mesa da Câmara?, afirmou.
A formação do bloco foi discutida na reunião do presidente da Câmara com os coordenadores da campanha, que se prolongou até a madrugada de hoje. Os apoiadores de Rebelo contabilizaram os apoios e afirmaram que ele tem 225 votos. Eles avaliaram que o quadro da disputa com um terceiro nome concorrendo levará a decisão para um segundo turno e, com isso, o favorecerá.
Por esse entendimento, Rebelo poderá, num primeiro momento, perder votos, mas, em eventual segundo turno, esse grupo do candidato alternativo votaria nele. ?A disputa ainda está indefinida e, nesse momento, a contabilidade dos votos está muito parecida?, afirmou o líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES). Na avaliação de Rebelo, a candidatura de Chinaglia é vulnerável. ?Eu acho que há muitos flancos descobertos no exército adversário?, disse.