Bancada petista apóia reforma da Previdência

Brasília – Por 32 votos a favor e 22 contrários a bancada do PT na Câmara decidiu ontem que aprova à reforma da Previdência enviada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional, mas que vai encaminhar “emendas que considera necessárias ao aperfeiçoamento do projeto”. O resultado da votação expôs mais uma vez a divisão interna do PT, apesar dos apelos do presidente nacional do partido, José Genoino, para que a bancada petista da Câmara fechasse questão a favor da reforma. O fechamento de questão deverá ocorrer apenas às vésperas da votação, provavelmente no início do segundo semestre.

Os deputados do PT deverão ser proibidos de apresentar emenda individuais à reforma da Previdência. “A bancada não pode passar a idéia de que ela é ambígua”, argumentou Genoino, durante reunião com a coordenação da bancada do PT anteontem à noite no Palácio do Planalto, ao defender que fosse fechada questão a favor da reforma. “O que se decidiu na bancada não é fechamento de questão. Vai ser fechada questão da bancada a favor da reforma quando a proposta tiver para ser votada”, observou o líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), depois que saiu o resultado com o apoio da bancada à reforma.

Os petistas passaram o dia inteiro reunidos para discutir a reforma da Previdência. Além do apoio à proposta, a bancada começou a definir quais emendas vai apresentar à reforma. Até o início da noite, estava decidida a apresentação de uma emenda que mantém em R$ 1.058 a isenção para a cobrança de contribuição de servidores públicos aposentados e pensionistas dos Estados e municípios. Mas para os inativos da União, a isenção da taxação é o teto do INSS, estipulado em R$ 2,4 mil. Ainda ontem, a bancada do PT deveria aprovar um conjunto de emendas, provavelmente seis, a serem encampadas pelo partido e negociadas com o governo e os partidos aliados ao Planalto.

Voltar ao topo