Autoconvocação ganha força entre senadores

Brasília (AG) – A proposta dos presidentes da Câmara, João Paulo Cunha (PT/SP), e do Senado, José Sarney (PMDB/AP), de alterar o recesso parlamentar de julho para agosto para votar projetos importantes para o País repercutiu entre os parlamentares.

Ontem, em sessão convocada extraordinariamente para o período da manhã, senadores afirmaram ser a favor da autoconvocação. Com ela, o Senado trabalharia no recesso parlamentar sem que houvesse gasto extra. A convocação com remuneração extraordinária só aconteceria se o pedido partisse do Poder Executivo. Quando é o próprio Congresso Nacional que se convoca, os parlamentares não recebem a mais por isso.

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) posicionou-se favorável à autoconvocação. Ela afirmou que se o Senado precisar da presença dos senadores “é aqui que temos que estar”.

Tranqüilidade

O senador Ramez Tebet (PMDB-MS), ex-presidente da Casa, também apóia a iniciativa e fez apelo para que o Legislativo não vote “a toque de caixa matérias importantes” como a que institui o sistema de Parceria-Público-Privada, a nova Lei de Falências e a de Biossegurança. Segundo Tebet, com a autoconvocação em julho, essas matérias poderão ser votadas com calma. Embora reconheça a importância de deputados e senadores irem para suas bases, em razão das eleições municipais, ele lembrou que as matérias pendentes devem ser aprovadas com exame aprofundado.

Outro que se manifestou a favor da autoconvocação foi o senador Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ). Ele lembrou que nos oito anos em que foi presidente da Assembléia Legislativa do Rio recorreu várias vezes à autoconvocação.

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