Aumenta acesso de negros ao ensino, informa UFRJ

A desigualdade na educação entre negros e brancos diminuiu ao longo dos últimos dez anos e hoje o acesso dos dois grupos ao ensino fundamental é praticamente igual. Apesar disso ainda persiste um fosso entre eles nos níveis médio e superior. Para atingir o nível de escolaridade atual dos brancos, os negros brasileiros ainda demorariam 17 anos. Essa é uma das principais conclusões de um estudo sobre o tema que acaba de ser realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Eles verificaram que 2006, de cada dez negros com idade para freqüentar o ensino médio (entre 15 e 17 anos), seis não o faziam; entre os jovens brancos a média era de quatro entre dez.

No ensino superior, a desigualdade também foi significativa, segundo o levantamento da UFRJ: a porcentagem da população branca entre 18 e 24 anos cursando escolas de nível superior era de 30,7%; a de negros era de 12,1%. O estudo faz parte do 1º Relatório das Desigualdades Raciais no Brasil, do Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser). Na faixa entre 7 e 14 anos, quase não há mais diferença entre brancos e negros: 98,8% das crianças brancas e 97,7% das negras estavam na escola em 2006. Em 1995 o porcentual era de 94,6% e 88,2%, respectivamente.

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