Aquisições e parcerias batem recorde no 1º bimestre

As turbulências no mercado financeiro internacional e o pessimismo em relação ao futuro da economia dos Estados Unidos não impediram que as transações entre empresas batessem recorde no primeiro bimestre deste ano. Segundo relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC), foram registradas 102 negociações (aquisições, incorporações e parcerias) no País nos dois primeiros meses do ano, um crescimento de 26% sobre o primeiro bimestre de 2007 e de 79% sobre o mesmo período de 2006.

Foi o melhor início de ano desde 1998, quando o levantamento começou a ser feito pela consultoria. Foi também a primeira vez que superou a marca de cem negócios no período de dois meses. "As oscilações das bolsas e dos mercados internacionais não afetaram o ânimo dos investidores que, com uma visão de longo prazo, parecem se orientar pelos bons fundamentos e perspectivas de crescimento da economia brasileira", afirmou o sócio da consultoria, Raul Beer, em nota.

Segundo o relatório da PwC, os principais destaques do período foram aquisições e parcerias (joint ventures) entre empresas da América do Sul e da América do Norte por empresas brasileiras dos setores de siderurgia, construção, petroquímico e alimentação.

A participação do capital estrangeiro nessas transações ficou em 31% nos dois primeiros meses do ano (havia sido de 44% no mesmo período de 2007). As aquisições de controle diminuíram sua participação para 59% nesse bimestre, ante 64% em 2007. As compras de participação minoritária cresceram 53% na comparação com o ano anterior e representaram 23% do total das transações.

As parcerias representaram 13% dos negócios e as incorporações, principalmente como resultado de reestruturações societárias, tiveram 5% de participação. Nenhuma fusão foi registrada no período.

A aquisição da mineradora MMX pelo grupo Anglo American foi a maior do primeiro bimestre e movimentou US$ 5,5 bilhões. Em segundo lugar, aparece a compra da J. Mendes pela Usiminas, por US$ 925 milhões. Na terceira posição, a compra da empresa Grupo de Soluções em Alimentos (GRSA) pelo grupo Compass, por US$ 175 milhões.

Voltar ao topo