Após tensão, Chinaglia defende Venezuela no Mercosul

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), defendeu a aprovação do protocolo que permite a entrada da Venezuela no Mercosul e está em tramitação no Congresso. Partidos de oposição no Senado, o DEM e o PSDB já manifestaram intenção de obstruir a votação por causa das recentes declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, contra o Congresso do Brasil.

"O Congresso brasileiro tem o dever de defender os interesses do Brasil. Se o fortalecimento do Mercosul é bom para o Brasil, temos de agir para isso", afirmou Chinaglia. "Os presidentes passam, os deputados passam, os senadores passam, e o Brasil fica, felizmente", continuou.

Para Chinaglia, a questão é saber se a entrada da Venezuela é boa para o Mercosul e para o Brasil. "A vinda da Venezuela e de outros países para o Mercosul é bom para o Brasil", afirmou Chinaglia. "Essa é a linha central. Ele (Chávez) fez ofensa ao Congresso, e nós respondemos. Pronto. Não posso transformar as declarações de Hugo Chávez no ponto central na Câmara. É sobrevalorizar Chávez", concluiu.

Na quarta-feira da semana passada, os senadores aprovaram uma moção de censura pelo fechamento da mais antiga emissora de televisão do País, a RCTV. Chávez respondeu acusando o Congresso brasileiro de repetir "como um papagaio" as posições do Legislativo dos Estados Unidos.

O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul está em análise na Comissão Mista do Mercosul. Ele tem de ser votado pela Câmara e depois pelo Senado. Caso não seja aprovado por um dos países integrantes do Mercosul, a Venezuela, que já é País associado, não poderá ser membro pleno.

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