Anvisa destaca força-tarefa para liberar estoques

Brasília (AE) – Com a suspensão da greve da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), servidores da Agência trabalharão, nos próximos três dias (29, 30 e 1.º de maio), em esquema de plantão, para acelerar os processos de fiscalização e liberação de produtos nos portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro, informa a assessoria da agência.

A ação irá deslocar 66 funcionários de Brasília para o Porto de Santos, e os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e para o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro. A Receita Federal e os agentes da Infraero também participarão da ação. O horário de funcionamento será das 8h às 20h nos terminais de São Paulo e das 8h às 17h nos postos do Rio de Janeiro.

Os mais de dois meses de greve da Anvisa provocaram prejuízos de R$ 200 milhões e demissão de pelo menos 100 trabalhadores só em São Paulo, estima o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo. "A situação é complicadíssima. A trégua (de 10 dias, defendida pelo comando nacional da paralisação) não será suficiente para resolver o problema", afirmou o presidente do sindicato, Valdir Santos. Seriam necessários 20 dias de trabalho intensivo para pôr o trabalho em ordem.

O presidente do sindicato estimou que apenas no aeroporto de Campinas há 3 mil processos de importação e exportação represados. Outros 1.500 processos aguardam autorização da Anvisa em aeroportos do exterior para serem embarcados para Viracopos. "Há produtos importados com prazo de validade vencendo?, disse Santos. Ele afirmou que algumas indústrias deram férias coletivas aos funcionários, mas, como o problema persiste, passaram a demitir.

"O desespero é total", lamentou o presidente do sindicato. De acordo com ele, os prejuízos de cerca de R$ 200 milhões referem-se a custos de armazenagem, linhas de produção paradas e cadeias logísticas paralisadas.

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