Anistia relata preocupação com impactos de obras do PAC próximas a aldeias

Embora o relatório anual da Anistia Internacional, divulgado nesta quarta-feira (28) em Londres, destaque a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado a melhorias na infra-estrutura básica, como principal sustentáculo da política do governo federal, o documento também menciona a preocupação manifestada por organizações não-governamentais com o impacto causado por projetos de pavimentação de estradas e de construção de represas próximo a terras indígenas.

O relatório analisa a situação do cumprimento dos direitos humanos em 150 países. Ainda de acordo com o documento, os povos indígenas também são alvos de diversas violações de direitos humanos, principalmente em Mato Grosso do Sul.

Segundo o pesquisador da organização sobre temas relacionados ao Brasil, Tim Cahill, por causa de interesses econômicos e políticos, os índios da etnia Guarani-Kaiowá, que vivem na região, são um exemplo de tribo que tem sofrido ataques violentos, além de serem mortos por guardas particulares contratados por empresas ou por latinfundiários.

"Se não houver reforço [da parte dos governos] do reconhecimento dos direitos constitucionais dos povos indígenas, eles continuarão a sofrer violação dos direitos humanos", destacou.

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